quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Sim, reclamar é mesmo pior, segundo a neurociência

 

Reclamações constantes fazem com que, ao longo do tempo, se torne mais fácil ser negativo do que positivo, tornando-as um comportamento padrão


Algo ruim acontece com uma pessoa ou ao redor dela. Ela descarrega. Novamente algo ruim acontece com esta ou ao redor dela. Ela reclama. Outro coisa ruim acontece; ela descarrega com alguém e, mais tarde, quando encontra um novo público, reclama.

Logo ela se torna realmente bom em reclamar, porque embora a prática possa não levar à perfeição, ela produz mielina, uma substância neural microscópica que acrescenta velocidade e precisão consideráveis ​​aos pensamentos e movimentos. A mielina é como um músculo, mas, ao invés de fortalecer o corpo, fortalece as vias neurais relacionadas a uma habilidade específica.

As vias neurais, no entanto, não estão equipadas para fazer julgamentos de valor. Se algo positivo é feito repetidamente, habilidades e hábitos úteis são desenvolvidos. Já se algo negativo é feito repetidamente, habilidades e hábitos destrutivos são adquiridos. De qualquer forma, uma alteração no cérebro aconteceu.

As redes neurais são construídas em sinapses, pequenas lacunas nas extremidades dos neurônios que permitem que sinais elétricos ou químicos passem de um neurônio para outro. É assim que as células nervosas se conectam. Cada vez que uma carga é acionada, as sinapses se aproximam microscopicamente para diminuir a distância e, portanto, o tempo de atraso. 

Essa adaptação ajuda a construir padrões de pensamento e comportamento. O resultado é um ciclo virtuoso, caso alguém esteja tentando aprender uma nova habilidade útil, e um ciclo vicioso se esta mesma pessoa fizer algo menos positivo de forma regular, como, por exemplo, reclamar.

Na prática, reclamações constantes fazem com que, ao longo do tempo, se torne mais fácil ser negativo do que positivo, tornando-as um comportamento padrão, o que nunca é bom. 

De acordo com a ciência, descarregar emoções negativas ou reclamar de um problema piora uma situação ruim. Um estudo publicado no European Journal of Work and Organizational Psychology revelou que quanto mais os participantes falavam sobre seus problemas, pior sentiam que o seu dia tinha sido – e mais tempo duravam esses sentimentos negativos.

“[Os participantes] não apenas relataram menor humor momentâneo e menos satisfação e orgulho com o trabalho que estavam fazendo no mesmo dia… mas também tenderam a sentir menor humor na manhã seguinte… e menor orgulho nas realizações do dia seguinte”, escreveram os pesquisadores.

Além disso, os sentimentos negativos, quando externados, não afetam apenas as pessoas que os experimentam, mas também aqueles ao redor delas. Uma pesquisa de Stanford mostra que a exposição à negatividade remove os neurônios do hipocampo, a parte do cérebro usada para resolução de problemas e função cognitiva. Assim, se alguém convive diariamente com uma ou duas dessas pessoas tendem a reclamar muito, seu comportamento pode ser afetado.

Qual é a saída, então? Primeiro, é importante que as pessoas reconheçam que a forma com que respondem a qualquer coisa não é predeterminada, e sim uma escolha. Com isso em mente, da próxima vez em que algo der errado, o recomendado é que elas não percam tempo reclamando, e sim se esforcem para melhorar a situação. 

Elas devem falar, ou até mesmo pensar, sobre aquilo que podem mudar, ou o que farão da próxima vez em que as coisas não saírem como deveriam. Com o tempo, este tipo de reposta fará com que caminhos neurais que tornarão esta reação mais fácil de acontecer sejam construídos.


sábado, 24 de fevereiro de 2024

Sinta-se melhor! Experimente essas ideias de autocuidado

 

Precisando daquela dose rápida de serotonina? Veja algumas práticas de autocuidado que vão te ajudar a se sentir melhor em 5 minutos.

ü  Esteja consciente e controle sua respiração

ü  Autocuidado por meio da escrita: coloque no papel o que está sentindo

ü  Pratique a gratidão como exercício de autocuidado

ü  Faça um alongamento corporal simples

ü  Pause por um momento e pegue um pouco sol

 

Sentiu aquela sensação de cansaço ou de desânimo? Não precisa esperar até seu próximo turno livre para se sentir melhor. A Vida Simples reuniu cinco práticas de autocuidado que levam apenas 5 minutinhos, mas que podem ser poderosas para ajudar você a seguir seu dia bem.

 

Na próxima vez que você sentir que o dia está sendo mais pesado do que deveria, que tal fazer uma pausa e praticar uma dessas atividades?

 

Esteja consciente e controle sua respiração

 

O controle da respiração pode ser uma porta para observar e entender sentimentos. É o que diz Patricia Cappa, professora de Yoga, no Instagram. Patricia fala também sobre práticas de autocuidado e autoconhecimento.

Em outras palavras, a prática de ter mais consciência para a respiração é uma forma de ter mais clareza sobre emoções e menos ansiedade no dia a dia.

No post abaixo, ela explica um modelo que pode ser usado para treinar consciência e controle da respiração.

 

Autocuidado por meio da escrita: coloque no papel o que está sentindo

 

Muitas vezes sentimos algo que não conseguimos entender. Que tal escrever sobre isso para compreender melhor suas emoções?

 

A psicóloga e escritora Gabi Ribas, compartilha os benefícios da escrita terapêutica, uma vez que a prática estimula a autorreflexão e o autoconhecimento. Esse momento pode ser feito de forma livre ou guiado por lista de perguntas.

 

Pratique a gratidão como exercício de autocuidado

 

A ciência tem indicado em estudos os benefícios da gratidão para o bem-estar. Em seu livro Agradeça e seja feliz, Robert Emmons, professor de psicologia positiva na Universidade da Califórnia, analisa resultados da sua pesquisa sobre hábitos de gratidão de algumas pessoas. Em sua conclusão, afirmou que com a prática é possível aumentar em até 25% o chamado, ponto fixo de felicidade, um nível médio de felicidade de cada indivíduo.

Além disso, a prática estimula no cérebro o sistema de recompensa, provocando a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado a sensação de felicidade e prazer. Assim, entre as recomendações de Emmons está a de manter um diário de gratidão. Você não precisa escrever, mas se preferir, pode separar um caderno só para isso. Anote três motivos pelos quais você é grato, respirando fundo enquanto escreve.

 

Faça um alongamento corporal simples

 

Mais uma das práticas de autocuidado é o alongamento. Sempre lembrado como algo a ser feito antes das atividades físicas, ele pode ser positivo também se adotado em outros momentos.

O alongamento é um exercício físico que não provoca tensão no músculo. Isso significa que há a liberação de hormônios relacionados ao bem-estar (como a serotonina), assim como ocorre nas atividades físicas.

 

 

Essas são outras vantagens do alongamento:

 

ü  Melhora na circulação sanguínea;

ü  Diminuição de dores;

ü  Mais flexibilidade corporal;

ü  Alívio de tensão muscular;

ü  Auxílio para uma boa postura;

ü  Sensação imediata de relaxamento do corpo e da mente.

 

Entretanto, é bom lembrar que o alongamento não substitui a necessidade de exercícios físicos para a saúde do corpo.

 

Pause por um momento e pegue um pouco sol

 

A exposição a luz natural por cinco minutos já pode fazer diferença na produção da vitamina D na pele. O nutriente, que na realidade é um hormônio, é essencial para a manutenção dos ossos e, em casos de deficiência, pode provocar mal-estar, fadiga e até depressão. Mas esse não é o único benefício do sol.

Aliás, pegar um pouco de sol todos os dias pode melhorar o humor e aumentar a liberação de endorfinas e de serotonina.

Pedagogia Invertida: o aluno é ator de sua aprendizagem | Marie-Hélène Fasquel


 

O que a EJA pode ensinar à escola que desiste de estudantes? | Raianny Araújo


 

Ensino Médio: Preparando-se para a vida adulta? - Julie Saint Hilaire


 

Como assumir riscos muda o cérebro de um adolescente - Kashfia Rahman


 

Melhorando o desenvolvimento da primeira infância com palavras: Dra. Brenda Fitzgerald

 


O Teste do Marshmallow


 

Molly Wright: Como toda criança pode prosperar aos cinco anos


 

Como funciona a função executiva do seu cérebro e como melhorá-la - Sabine Doebel


 

Peter Doolittle: Como a sua "memória operacional" percebe o mundo


 

Neurociência e a educação no mundo contemporâneo


 

Insights da neurociência para melhorar o ensino e a aprendizagem


 

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Empregabilidade


DICAS PARA CONSEGUIR SE DESTACAR NO MERCADO DE TRABALHO

O Carnaval chega ao fim, e, como se diz no Brasil, o ano finalmente vai começar. É hora de tirar a fantasia, organizar as finanças e colocar a mão na massa. Para quem quer buscar emprego, atualizar-se ou mesmo mudar de área, o Super ouviu quatro especialistas em carreiras, que deram dicas sobre as tendências do mercado e falaram sobre como se preparar.


Como abrir portas?


Linkedin - A rede social voltada para a vida profissional é considerada por muitos especialistas como a versão moderna do currículo. A conta é gratuita e pode ser criada e acessada também pelo aplicativo de celular. Mantenha sempre um perfil completo e atualizado, destacando todas as suas competências e detalhando experiências profissionais.


Rede de contatos - Também chamada de “networking”, é essencial a atitude de se conectar com profissionais da área em que busca sucesso. Isso pode ser feito usando plataformas como o LinkedIn, mas também pessoalmente, dentro da própria empresa que já trabalhe ou em eventos ligados ao mercado de trabalho.

 

Formação contínua - Não dá para ficar estagnado no mercado de trabalho ou o risco é ficar para trás. É importante buscar aprimoramento e melhoria contínua de habilidades e conhecimentos relevantes para a área de atuação de interesse. É comum que os municípios e governos ofereçam diversos cursos gratuitos, além de instituições como o Senac.

 

De olho nas novidades - É importante manter-se informado sobre as tendências da área para sair na frente dos concorrentes. Ler as notícias ligadas a área específica e acompanhar profissionais de referência nas redes sociais é um bom caminho.

 

Onde procurar vagas - Além do próprio LinkedIn, o Sistema Nacional de Empregos (Sine) reúne oportunidades abertas em cada município.

 

Competências - Habilidades para se destacar em qualquer área profissional

 

Trabalho em equipe - busque ter uma boa relação com os colegas de trabalho e, durante os processos seletivos, destaque situações em que demonstrou ter boa capacidade de trabalhar em conjunto.

 

Dedicação e disciplina - mostre comprometimento, com pontualidade, entregas dentro do prazo e responsabilidade.

 

Confiabilidade - demonstre para os superiores - e para os recrutadores - que você pode ser confiado com as tarefas do trabalho, inclusive tendo boa comunicação, caso encontre algum problema.

 

Atendimento ao cliente - isso vale tanto para clientes externos, quanto internos (colegas, subordinados e superiores). Mantenha uma relação respeitosa e seja prestativo.

 

Na hora da entrevista - Dicas para mostrar o seu melhor durante essa etapa crucial

 

Conheça a empresa - Acesse o site e as redes da empresa, busque entender seus valores e seu setor de negócios, entenda os detalhes do cargo que você está tentando ocupar.

 

Alerta!

Em nenhuma hipótese fale mal das empresas onde trabalhou anteriormente. Caso precise explicar alguma demissão ou saída de emprego anterior, não minta, mas evite falar sobre situações de conflito.

 

Ensaie

Algumas perguntas são comuns de aparecerem, como “quais são seus pontos fortes para esta vaga?” ou “quais são os pontos de melhoria?”. Prepare respostas para essas questões.

 

Se apresente bem

Seja pontual e cuide da sua aparência pessoal, pensando em estar adequado à vaga que busca.

 

Dê respostas claras e diretas

Responda às perguntas feitas, sem divagar demais e demonstrando confiança



Fontes: Guilherme Lima, Analista do Senac - Rede de Carreiras; mentor de carreira Moacyr Castellani; mentora de carreira Lívia Reis; mentor de carreira Ghoeber Morales; pesquisa direta


O que é neuromarketing, técnicas e exemplos praticados pelas empresas


Neuromarketing é uma área de estudo que combina neurociência e marketing ara compreender como o cérebro humano reage a estratégias de venda.

Para isso, utilizam-se exames realizados por aparelhos que escaneiam o cérebro humano, de forma a identificar e mapear suas reações perante estímulos sensoriais.

Como esclarece o artigo publicado pela Harvard Business Review (HBR), os estrategistas em neuromarketing se valem de duas ferramentas usadas pelos médicos: a ressonância magnética e o eletroencefalograma.

Em razão da dependência de um aparato médico e clínico, o neuromarketing é visto com reservas por parte dos profissionais que trabalham com publicidade e merchandising.

Alguns até questionam se essa é realmente uma solução ética, tendo em conta o apelo às reações mais primárias do cérebro humano.

De qualquer forma, é um campo de conhecimento cheio de possibilidades, que você vai conhecer melhor neste texto.


Veja os tópicos abordados:


ü  O que é neuromarketing?

ü  Como funciona o neuromarketing?

ü  Benefícios do neuromarketing para os negócios

ü  Quais são as técnicas do neuromarketing?

ü  Exemplos de empresas que usam neuromarketing

ü  Livros sobre neuromarketing para se aprofundar.


Entenda melhor o conceito e sua aplicação, além de exemplos de neuromarketing, acompanhando até o final.

O Que É Neuromarketing?


Não seria exagero dizer que neuromarketing é a aplicação de métodos e técnicas da neurobiologia ao campo do marketing.

O que se busca é compreender como o cérebro do consumidor responde a estímulos relacionados a produtos ou serviços, permitindo uma melhor compreensão do comportamento do consumidor.

Utilizando ferramentas como ressonância magnética funcional (fMRI), eletroencefalograma (EEG) e outros métodos de monitoramento cerebral, o neuromarketing procura identificar padrões de atividade neural associados a diferentes estímulos de marketing.

Isso possibilita às empresas ajustarem suas estratégias de acordo com as respostas cerebrais dos consumidores, visando otimizar a eficácia das campanhas e influenciar positivamente as decisões de compra.


Como Funciona O Neuromarketing?


Para ser considerado neuromarketing, é preciso que a estratégia esteja associada ao uso das ferramentas de mapeamento cerebral usadas pela Medicina.

Como vimos, as duas mais utilizadas são a fMRI e a EEG.


A primeira usa campos magnéticos para rastrear alterações no fluxo sanguíneo no cérebro.

Ela é administrada enquanto a pessoa está deitada dentro de uma máquina, que faz medições contínuas ao longo do tempo.

Já o eletroencefalograma lê a atividade das células cerebrais usando sensores, permitindo rastrear mudanças na atividade cerebral em frações de segundo.

Benefícios Do Neuromarketing Para Os Negócios

O neuromarketing é uma área muito promissora: segundo um estudo da Mordor Intelligence, o valor desse mercado deve aumentar em 8,8% até 2028.

Por outro lado, os críticos do neuromarketing alegam que se trata de uma abordagem demasiadamente “apelativa”.

Eles questionam a validade das estratégias que dialogam com o consumidor no nível das reações neurocerebrais.

Existe até uma área de estudos só para isso, a neuroética, como destacado em artigo para a Revista Brasileira de Marketing.

Discussões à parte, o neuromarketing pode trazer resultados incrivelmente positivos, em especial nos esforços de propaganda e visual merchandising.

Conheça a seguir alguns de seus benefícios e pontos de destaque.


Melhoria Na Tomada De Decisão


A análise neurocientífica revela insights sobre emoções, preferências e respostas inconscientes, capacitando as empresas a inovar e a adaptar estratégias de marketing com base nas reações do consumidor.

Compreendendo as reações neurais diante de estímulos específicos, os profissionais de marketing podem criar campanhas mais envolventes e personalizadas.

O neuromarketing cria uma conexão mais profunda, influenciando positivamente as decisões de compra, ao alinhar as mensagens de marca com os padrões cognitivos.

Produtos Melhor Direcionados Ao Público

Os exames neurológicos permitem entender as respostas emocionais e tendências de consumo diante de estímulos específicos, orientando a criação de produtos que se alinhem profundamente com as necessidades e desejos das pessoas.

Uma vez que compreendam as nuances da mente do consumidor, as empresas podem se espelhar em exemplos de neuromarketing, ajustar características, design e mensagens de seus produtos e campanhas para cativar a atenção.

Assim, as marcas proporcionam uma experiência personalizada que ressoa com os instintos e emoções do público-alvo, levando ao desenvolvimento de produtos mais atrativos.

Aprimoramento Da Experiência Do Consumidor

A compreensão profunda do cérebro permite a criação de estratégias personalizadas, alinhadas com as preferências neurocognitivas.

Elementos como storytelling e psicologia das cores ajudam as marcas a criar conexões emocionais mais poderosas.

A adaptação às reações cerebrais do consumidor possibilita experiências mais envolventes, influenciando positivamente a percepção da marca.

Essa abordagem orientada pelo cérebro busca não apenas satisfazer as necessidades, mas também criar memórias e associações que fortalecem a fidelidade e geram encantamento.

Compreensão Do Comportamento De Compra

Por intermédio de técnicas como fMRI e EEG, analisa-se a atividade cerebral para identificar emoções, preferências e padrões de tomadas de decisão.

As empresas passam então a compreender melhor as motivações inconscientes que impulsionam as escolhas dos consumidores, facilitando a criação de estratégias mais alinhadas com suas necessidades.

Os processos mentais profundos são revelados, criando uma visão única que vai além das respostas conscientes, aumentando a compreensão do comportamento de compra.

Melhoria Da Experiência Do Usuário

Compreendendo as preferências neurais, as empresas adaptam interfaces, designs e interações, otimizando a atratividade e usabilidade de seus produtos.

Essa abordagem neurocientífica identifica nuances emocionais e cognitivas, assegurando que produtos e serviços tenham mais aceitação pelos usuários.

Os exemplos de neuromarketing se tornam mais alinhados com seus padrões cerebrais, elevando a satisfação, fomentando a lealdade e promovendo interações mais intuitivas.

O resultado é uma experiência do usuário aprimorada e mais agradável em produtos de todos os níveis de complexidade.


Aprimoramento Da Estratégia De Marketing


A abordagem em neurociência ajuda a decodificar as respostas neurais às mensagens de marketing.

Essa compreensão permite uma personalização muito mais precisa das campanhas, adaptando-as aos padrões cognitivos e emocionais individuais.

São identificados os elementos visuais, narrativos e sensoriais impactantes, de modo a otimizar a comunicação, maximizando o apelo emocional e a memorabilidade.

Esse viés contribui para a tomada de decisões melhor fundamentadas, fortalecendo a conexão emocional entre marcas e consumidores.

Aumento Da Retenção De Informações

Analisando padrões de atividade cerebral, as estratégias de marketing são adaptadas para estimular regiões associadas à memória e emoções.

Criam-se narrativas mais envolventes, com elementos visuais e mensagens emocionais formando uma conexão profunda.

Essa melhor compreensão sobre os mecanismos cerebrais faz com que as empresas possam ajustar suas abordagens, garantindo que a mensagem seja retida.

Estímulo De Respostas Emocionais

A narrativa persuasiva, o design emocional e a escolha cuidadosa das cores são estratégias empregadas para criar conexões emocionais profundas com os consumidores a partir do neuromarketing.

O objetivo é influenciar decisões de compra, fortalecer o envolvimento do consumidor e construir vínculos duradouros entre marcas e clientes, estimulando respostas baseadas na emoção.

As marcas associadas aos clubes de futebol fazem isso o tempo todo, ao vincular suas campanhas aos ídolos e às grandes conquistas do passado, por exemplo.


Quais São As Técnicas Do Neuromarketing?

 

O cérebro humano é uma sofisticada “máquina”, capaz de processar estímulos sensoriais de incontáveis maneiras.

A combinação de elementos visuais, auditivos, táteis e olfativos permite explorar possibilidades quase infinitamente, moldando estratégias de diversas formas.

Assim funcionam as diferentes técnicas de neuromarketing, cada uma focada em explorar um tipo de resposta cerebral, podendo ser baseada na razão ou na emoção.

Conheça as principais delas a partir de agora.


Psicologia Das Cores


A Psicologia das Cores no neuromarketing explora como as cores impactam emocionalmente as decisões dos consumidores.

Nesse sentido, um estudo (em inglês) realizado pela Universidade de Winnipeg demonstra que as cores podem influenciar a percepção da marca e afetar as preferências do consumidor, mostrando que 90% das avaliações rápidas de produtos são baseadas nas cores.

Por exemplo, o vermelho pode criar senso de urgência, enquanto o azul sugere confiança.

Essas descobertas permitem que os profissionais de marketing escolham esquemas de cores estrategicamente, alinhando-se às respostas emocionais desejadas para impulsionar o engajamento e as decisões de compra.


Storytelling


No contexto do neuromarketing, o storytelling é uma das técnicas mais usadas para aproveitar as nuances da mente humana.

O que se faz é usar narrativas envolventes para ativar áreas cerebrais ligadas às emoções, criando conexões com os consumidores pela identificação.

As marcas podem influenciar a percepção, estimular respostas emocionais e fortalecer a memória associada aos produtos ou serviços.

Essa técnica parte do princípio de que o cérebro é mais receptivo a narrativas do que a dados isolados, tornando o storytelling uma ferramenta poderosa para moldar as decisões de compra.


Gatilhos Mentais


Já os gatilhos mentais são estímulos psicológicos que ativam respostas automáticas no cérebro, influenciando decisões de compra.

Baseados em princípios da psicologia, esses gatilhos visam a despertar emoções, criar conexões e estimular a ação.

Um bom exemplo disso é o gatilho da escassez, que capitaliza o medo de perder oportunidades limitadas.

As estratégias de marketing se valem de padrões de comportamento como esse para gerar engajamento e impulsionar a tomada de decisões favoráveis por parte dos consumidores.

 

Psicologia Sensorial


Em uma abordagem ainda mais direta, a psicologia sensorial busca compreender como os cinco sentidos influenciam as percepções e decisões de compra.

Ao aplicar técnicas que os estimulam de maneira estratégica, as empresas podem criar experiências memoráveis e impactantes.

Cores, texturas, aromas e sons são cuidadosamente selecionados para evocar emoções específicas, construindo assim uma conexão emocional entre a marca e o consumidor.


Arquétipos Cognitivos


Os arquétipos cognitivos no neuromarketing são os padrões universais de pensamento e comportamento que influenciam a percepção do consumidor.

Esses arquétipos, derivados da psicologia junguiana, ajudam a compreender como o cérebro processa informações e toma decisões.

As estratégias de neuromarketing identificam esses arquétipos presentes nas mentes dos consumidores, adaptando-os para criar mensagens mais impactantes.

Alguns dos arquétipos mais usados são o herói em busca de conquistas, o explorador em busca de novas experiências e o cuidador orientado para o bem-estar, entre outros.


Estímulo Emocional Sutil


O estímulo emocional sutil consiste na aplicação de estratégias que provocam respostas emocionais discretas porém impactantes no cérebro dos consumidores.

Essas abordagens buscam criar conexões emocionais positivas com a marca ou produto, influenciando decisões de compra de forma subconsciente.

Ao incorporar elementos como cores, imagens e palavras cuidadosamente escolhidas, o neuromarketing visa despertar emoções específicas que se alinham aos objetivos da campanha.

As campanhas natalinas da Coca-Cola são um exemplo disso, pois usam um apelo estético baseado na bondade do Papai Noel, com todas as referências sonoras e visuais típicas do Natal.


Gamificação Neurológica


A gamificação neurológica é uma estratégia que aproveita os insights da neurociência para criar interações diretas, promovendo o engajamento para influenciar as decisões de compra.

Ao incorporar mecânicas típicas dos jogos, como recompensas e desafios, as marcas podem criar experiências interativas que estimulam emocionalmente e mantêm a atenção do consumidor.

Essa abordagem busca ativar áreas do cérebro associadas ao prazer e à motivação, aumentando a conexão emocional com a marca.

 

Exemplos De Empresas Que Usam Neuromarketing


Veja abaixo alguns exemplos de empresas que utilizam ou já utilizaram estratégias baseadas em neuromarketing em suas campanhas:


o   Hyundai: a montadora sul-coreana fez uso do EEG para fazer avaliações do protótipo de um veículo junto aos consumidores (link em inglês)

o   Pepsi x Coca-Cola: ambas as marcas usaram exames de fMRI para saber qual era o sabor preferido e qual a marca mais impactante

o   Frito-Lay: os executivos da Elma Chips usaram o neuromarketing para fazer ajustes no design e aspecto das embalagens dos salgadinhos (link em inglês).


Livros Sobre Neuromarketing Para Se Aprofundar


Quer ficar ainda mais afiado em seus conhecimentos sobre neuromarketing?


Então anote aí cinco leituras obrigatórias sobre o tema:


ü  Neuromarketing: Como a neurociência aliada ao design pode aumentar o engajamento e a influência sobre os consumidores – Darren Bridger;

 

ü  Neuromarketing: Understanding the Buy Buttons in Your Customer’s Brain – Patrick Renvoise e Christophe Morin;

 

ü  A lógica do consumo – Verdades e mentiras sobre por que compramos – Martin Lindstrom;

 

ü  Brainfluence: 100 Ways to Persuade and Convince Consumers with Neuromarketing – Roger Dooley;

 

ü  Neuromarketing for Dummies – Stephen Genco, Andrew Pohlmann e Peter Steidl.



Blog da FIA BUSINESS SCHOOL

Referências:

https://hbr.org/2019/01/neuromarketing-what-you-need-to-know
https://www.mordorintelligence.com/pt/industry-reports/neuromarketing-market
https://www.redalyc.org/pdf/4717/471747341003.pdf
https://ion.uwinnipeg.ca/~ssingh5/x/color.pdf
https://prezi.com/-gustg3pchgt/hyundai-did-a-neuromarketing-study-that-had-15-men-and-women/
https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/18813/2/Dissertacao_Mestrado_Neuromarketing_Marco-2012.pdf
https://www.forbes.com/forbes/2009/1116/marketing-hyundai-neurofocus-brain-waves-battle-for-the-brain.html